
Super Cérebro
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CategoriasAndroid, Design, Protótipo
AutorVinÃcius Thiengo
VÃdeo aulas186
Tempo15 horas
ExercÃciosSim
CertificadoSim

CategoriaEngenharia de Software
Autor(es)Eric Evans
EditoraAlta Books
Edição3ª
Ano2016
Páginas528

Opa, blz?
Terminei a leitura do livro “Super Cérebro” de Deepak Chopra e Rudolph E. Tanzi, editora Alaúde. Deepak é famoso autor e médico (cientista aposentado), dono de inúmeros best-sellers no New York Times. Rudolph é médico e professor na Universidade de Harvard, dedicação ao estudo em nível de pesquisa do Alzheimer.
Os autores têm no livro o objetivo de mostrar ao leitor que ele, o leitor, tem um Super Cérebro e que esse é o entendimento de que a consciência, a mente, vem primeiro que o cérebro, ou seja, o cérebro, formado de átomos e cia não controla a mente, a mente (que ainda não foi desvendada e é tratada por muitos cientistas como algo que é criado pelo cérebro e não o inverso) é que o controla, é algo como, sabemos da alma (aos que acreditam), mas não a vemos em uma ressonância magnética, por exemplo. E com isso os autores vão dando evidências capítulo após capítulo do que eles estão assumindo como verdade, a mente no controle.
O livro então vem com “n” dicas de como obter um Super Cérebro, nenhum dica é algo que já não tenhamos em mente que pode sim trazer resultados melhores, porém dessa vez são dois especialistas em estudo falando. As dicas são como: tratar os outros bem, voltando ao assunto sobre empatia, que foi discutido também nos livros “Foco” de Daniel Goleman e “O Cérebro Com Foco e Disciplina” de Renato Alves; Comer comidas saudáveis, comidas mediterrâneas, frutas e legumes; Praticar exercícios na frequência de pelo menos 3 horas na semana, meditar, evitar matar qualquer outro ser (insetos, por exemplo), se controlar e momentos de raiva… e por ai vai.
Essas são as dicas dentre as inúmeras no livro, parece até um livro chato devido ao modo como abordei, mas não, é bem interessante, pois os autores conseguem colocar no contexto os termos técnicos e bem explicados, termos como sistema límbico, neo córtex, neurônios, sinapses, amídala, hipotálamo, dendritos, … isso explicando a funcionalidade de cada um, de forma que é possível compreender sem esticar a leitura indo ao Wikipédia para melhor entendimento. Você termina, ao menos as duas primeiras partes do livro, sabendo o que são essas partes no cérebro e suas respectivas funcionalidades. Esse conhecimento adquirido é um dos pontos fortes do livro, pois é algo que li em outros livros, mas o entendimento não ficou muito claro.
Dentre as sugestões de como obter um Super Cérebro têm algumas que não fazia ideia, por exemplo, somente de ir ao trabalho por um caminho alternativo, não utilizado anteriormente, você cria um processo de evolução em seu cérebro, algo como ele passa a ficar mais inteligente, pois está tentando algo novo e esse tentar algo novo junto a dicas como manter disciplina com as tarefas definidas e exercícios na frequência correta, além de lhe propiciar (ao menos ajudar) um Super Cérebro, diminuem suas chances de ter Alzheimer. Note que Alzheimer é inevitável durante o livro devido ao um dos autores ser pesquisador na área. Uma outra sugestão que é um pouco mais evidente quanto aos benefícios é a questão de buscar pelo desafiador, o difícil ante o fácil, pois a questão de nos levar além dos limites faz muito ao cérebro, porém, meio controverso, é que os autores indicam que sem pelo menos 8 horas de sono o ser humano não consegue manter seu máximo nas tarefas.
De forma implícita, o que tem de pegar, o leitor, é que se adotada as séries de sugestões para a criação do Super Cérebro, o que na verdade está acontecendo é ter autoconsciência, autoconhecimento, é esse o ponto chave que os autores passam, conseguir sair de uma situação que o estresse e a perda de controle eram inevitáveis somente porque parou e pensou nas consequências e no possível arrependimento, segundo os autores já é uma baita experiência de autoconsciência, e tornar isso um hábito nos permitirá obter o que quiser com o cérebro controlado.
Os autores também falam sobre pensar positivo no que diz respeito as tarefas que foram cabidas a você, ao seus desejos e aos acontecimentos em volta, algo como, você teve uma ideia e simplesmente depois do ato de pensar veio o sentimento de que você deveria ser um super nerd para realizar tal feito, ou seja, subestimando seu próprio potencial, ou então ver alguém crescer e ter um sentimento ruim quanto a isso comparando o seu não sucesso imediato com o sucesso do outro. Segundo os autores é parar é pensar nas soluções que precisa ou então somente se desprender do pensamentos negativos. Os autores mostram no livro que um dos fatores que eles veem como sucesso na vida profissional de Einstein foi o dele conseguir “deixar pra lá” alguns pontos e pensamentos negativos que ele sabia ter ou que outros lhe mostravam mesmo que aquando sem argumentos para isso.
No capítulo “Heróis do Super Cérebro” o autor tem trechos onde indica “As três forças” e os “Três obstáculos” de pessoas ou fases (quando cita os bebês, por exemplo) de sucesso, as forças são algo como: manter a calma, deixar pra lá, ser flexível, adaptar-se, ter visão ampla (muito argumentado esse tópico no livro “Foco”, quando apresentados chefes de empresas que tinham de ver além do problema atual, tudo que fez chegar àquele ponto), ser sociável,… os obstáculos são em base o inverso das forças. Um ponto interessante é que segundo os autores, se trancar em um ambiente e passar dias, meses, anos estudando se dedicando é algo errado a se fazer, pois a socialização é parte da obtenção do Super Cérebro. Não citado, mas vejo a socialização como sendo o momento onde você tira de seu conhecimento (o tempo que passou praticando ou estudando) a criatividade de resolver um ou mais problemas que não estão sendo enxergados ou que são evidentes, mas ainda sem soluções, ou seja, o momento “Eureka!” existe, porém é acionado somente se o background até ele foi trabalho pesado.
Há também um conteúdo interessante sobre autocura, já tinha ouvido falar antes sobre o assunto, mas no livro eles mostram números dos resultados e porque não é adotado massivamente pelos médicos. O exemplo é intrigante, o médico simplesmente dá um medicamento, no caso uma pílula de açúcar, ao paciente e então, se me lembro bem, em 30% dos testes o paciente se sentia curado, ou seja, ele não tomou nada de medicamento, o que o médico fez foi simplemente informar ao cérebro do paciente que aquele medicamento era a solução, e feito isso, o psicológico aceitando como verdade, começa o trabalho do corpo para o fim da dor, trabalho coordenado pelo cérebro que segundo os autores é coordenando pela mente. Muito interessante, porém isso é tratado como falta de ética na medicina, por isso não é adotado como comportamento aceito pelo médico, pois o paciente tem de saber o que está sendo passado a ele como tratamento / medicamento.
Há conteúdo sobre alguns mitos sobre o cérebro, o que mais me surpreendeu foi a questão de que quando nosso cérebro sofre algum dano, trauma, as outras partes não danificadas trabalham para assumir também as funcionalidades das partes danificadas, os neurônios em bom estado compensando tarefas pedidas, não tendo um tempo exato para isso ser completado (4 dias, por exemplo). Como exemplo os autores citam um paciente que passou anos na cama e de repente levantou, acordou, ou seja, tinha sido completado o processo em que as outras partes do cérebro tinham assumido também as tarefas das partes danificadas.
O livro é muito bom, está dividido em três partes, sendo que as duas primeiras são excepcionais, as dicas são dicas que são fáceis de aceitar como estratégias para uma vida melhor, não somente para a obtenção de um Super Cérebro (a vida melhor é um pré-requisito desse último). Novamente meditação é citado frequentemente, todos os livros que li até agora sobre mente, cérebro, citam meditação e o autor Deepak fala (em outras palavras) que tem pena de quem não acredita no poder da meditação para a obtenção de maior produtividade do corpo e mente, pois é uma área que tem quatro décadas de estudos que comprovam que a meditação é sim muito poderosa (note que quatro décadas de estudo em uma área que trabalha o cérebro é muita coisa, tendo em mente que ainda há inúmeros assuntos em volta de cérebro e mente que não têm ainda uma explicação cientifica). A terceira parte do livro é de um viés mais religioso, não que falam para você ter uma, mas os efeitos e como eles enxergam isso quando se falando de Super Cérebro. A terceira parte também é muito boa, mas o impacto das duas primeiras é bem maior, as explicações de coisas do dia a dia e as possíveis soluções são show de bola, o leitor acaba assumindo um mesmo nível de impacto da terceira parte devido as outras duas, não tem o mesmo nível, apesar de ser boa também.
Mas enfim, tem um livro que acho que todos deveriam ler, “O Poder do Hábito” de Charles Duhigg, o livro é excelente. Agora credito também ao Super Cérebro esse voto, ser de leitura obrigatória, livro excelente, vale lembrar que os autores conseguiram colocar termos técnicos de maneira que ficou fácil o entendimento e o epílogo do Deepak é muito bom. Cinco estrelas.
Vlw
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