Design Thinking
(2419)
CategoriasAndroid, Design, Protótipo
AutorVinÃcius Thiengo
VÃdeo aulas186
Tempo15 horas
ExercÃciosSim
CertificadoSim
CategoriaDesenvolvimento Web
Autor(es)Robert C. Martin
EditoraAlta Books
Edição1ª
Ano2023
Páginas416
Opa, blz?
Terminada a leitura do livro “Design Thinking” de Tim Brown. Diferente do que você pode imaginar o design thinking não é um conteúdo exclusivo para designers, eu não sou designer.
O livro não é novidade, está no mercado desde de 2009, isso não faz dele de conteúdo irrelevante, hoje, muito pelo contrário o conteúdo é muito bom, mas tem lá suas deficiências quando você não é proprietário ou gestor de uma empresa, digo, uma empresa com colaboradores, clientes, …
O autor é bem conhecido no mundo dos designers, é o CEO da IDEO. Eu para falar a verdade não conhecia ambos, mas é aquilo, não são ícones de minha área profissional.
Você ainda deve estar se perguntando o que é Design Thinking, certo? É basicamente o famoso “pensar fora da caixa”, mais precisamente pensar em soluções que primeiro causam impacto e não aquelas que tem foco em lucro e depois em impacto.
O design thinking é ir a campo vivenciar as verdadeiras necessidades dos clientes ou publico ao qual precisa de uma solução vinda de você, de sua equipe. É foco total no usuário, muitas vezes entregando soluções a problemas que nem eles sabiam que tinham.
Então de onde vem o “design" no nome? Não há uma resposta exata, mas a principio é porque os precursores que trabalharam o design thinking, mesmo que de forma implícita, aplicaram o impacto na forma do produto (forma de produto, o designer do produto) e não necessariamente no serviço. E também porque a principio os que cunharam esse termo foram designers.
Ai você pensa: então você está se contradizendo, pois impacto envolve experiência e não somente forma. Sim, você está certo, mas a forma que o produto era criado, com o pensamento no impacto, produzia a experiência esperada pelo público, isso na maioria das vezes, pois o design thinking também é falho, alias esse é um dos pilares do design thinking, permitir a falha, frequente, até obter o resultado de impacto desejado.
E como assim o design thinking pode ser praticado por qualquer um? A resposta é que o pensamento disruptivo, o fora da caixa, pode ser realizado por qualquer um e o autor deixa isso claro em várias passagens no livro. Alias há vários exemplos onde a solução de maior impacto veio de médicos, engenheiros, administradores de ONGs, e por ai vai. Segundo o autor, a primeira pessoa que utilizou os conceitos do design thinking de hoje foi um engenheiro, mais precisamente Isambard Kingdom Brunel que foi um engenheiro projetista de destaque no século XIX.
O design thinking se assemelha em muito ao empreendedorismo, pois a grande diferença entre o empreendedor e ou empresário é que o primeiro está focado no impacto na sociedade, impacto esse vindo da solução dele. O segundo está focado no dinheiro que pode ser gerado. Obviamente que se o impacto for o planejado, ao menos o planejado, o retorno será inevitável.
Indo mais afundo as características do livro. O autor fala mais para empresários ou gestores de empresas, de preferência as que já são consolidadas no mercado. Alias esse é o ponto negativo do livro, sendo que poderia facilmente focar no individual, não digo em falar que o individual é melhor do que equipe, na verdade falar para o leitor que pode ou não ter um empresa, pois o livro, tirando o último capítulo, somente cita sobre o impacto que o design thinking pode ter em nossas empresas ou empresas de clientes.
Mas é aquilo, se consegui focar bem na mensagem do livro você consegue entender que realmente o design thinking é algo ao menos a se pensar não somente na vida profissional, mas também como um todo, nas atitudes do dia a dia, por exemplo. E que é sim praticável e passível de ser aprendido por qualquer um.
Uma parte intrigante do livro, mesmo o autor frequentemente citando o poder de uma equipe de designers thinkers, é quando ele fala sobre a importância de ter na equipe aquele camarada que tem uma tatuagem diferente, que não curti ficar muito junto a outros membros da equipe, … porque pode ser ele o camarada que mais pensa fora do comum, que vai tentar soluções fora do imaginável.
O autor ainda fala sobre os vacilos que muitas empresas grandes dão ao não tentarem inovar em algo que vai além do mercado atendido por elas e como muitas empresas se saíram bem em dar um passo no pensamento disruptivo. É ai que vem o impacto do tempo no livro, advinha quais são as empresas disruptivas?! Isso mesmo, muitas delas são falhas hoje em dia: Nokia, Hewlett-Packard, Motorola e Sony. Tem várias outras empresas e ONGs citadas, mas essas são as que lembro serem falhas hoje em dia, alias a Nokia foi adquirida pela Microsoft e se não me engano não se chama mais Nokia.
Bom, o livro é uma ótima leitura, mas é aquilo, sou developer e prefiro padrões de projeto e cia. Mas se observarmos bem isso pode ser um problema, sério! Ficar centrado em conteúdo de somente um tipo pode lhe deixar muito analítico e isso pode acabar com as opções que você poderia estar criando. Alias o livro Design Thinking fala muito sobre isso também, divergente, convergente, analítico e síntese. E concordo com o autor no que ele diz sobre esses termos e a importância deles.
A leitura é tranquila, nada de palavras especificas que vão lhe colocar na frente de um buscador para entender o significado. Com isso as 227 (de 249) páginas de conteúdo passam rápido.
Vou de quatro estrelas por causa do foco em empresa e não no individual, no leitor. E obviamente por causa do tempo, devido as empresas disruptivas citadas não serem hoje o que foram na época do livro.
Vlw
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