A Startup Enxuta
(2431)
CategoriasAndroid, Design, Protótipo
AutorVinícius Thiengo
Vídeo aulas186
Tempo15 horas
ExercíciosSim
CertificadoSim
CategoriaDesenvolvimento Web
Autor(es)Robert C. Martin
EditoraAlta Books
Edição1ª
Ano2023
Páginas416
Mais um livro sobre empreendedorismo terminado, dessa vez o “A Startup Enxuta” de Eric Ries (milionário de uma ponto-com, investidor e autor). E sempre palavras, já tinham me indicado o livro antes, mas nunca algo que enchesse os olhos para eu ir lá e comprar... puts! O livro é muito bom, primeiro que o autor é empreendedor e os pricipios que apresenta no livro são princípios vividos por ele e que solucionaram uma gama de problemas que ele estava tendo com sua startup de tecnologia (IMVU). Algo interessante é que logo no começo o autor deixa claro que essa história de apenas ficar perseverando não adianta muito, que na verdade temos de saber quando “pivotar” (trocar a ideia principal de nosso empreendimento ou o empreendimento em si). Pode soar um pouco estranho e até ofensivos para alguns, pois quem acompanha o mundo do empreendedorismo e é um empreendedor tende a ter sempre ouvido que não se deve parar e sim perseverar que em um momento a coisa vai... o Eric mostra que sim, devemos perseverar, mas na vida empreendedora e não em uma ideia que já se tem números suficientes provando que ela não vai decolar.
O autor fala muito sobre o lançamento de um MVP (Mínimo Produto Viável) que é uma bandeira que também seguro. Isso para evitar o gasto desnecessário de tempo em uma suposição (segundo o livro a maioria das startups têm suposições, sem números que compravam o desenvolvimento do produto) que pode não ser aceita mesmo com os testes mínimos, ou seja, faça a parte principal sem muitas funcionalidades, daquele jeito que em pouco tempo já está pronta a ideia principal e pode ser já testada por alguns possíveis clientes. E a questão do MVP é um problema, em minha opinião quando você sabe o esforço necessário para desenvolver algo completo e então conhece a estratégia do MVP você logo quer adota-la, pois é aquilo: “Você sabe o quanto de tempo e esforço é necessário para construir algo que pode ser não validado como aceito depois de pronto”. Ai fazer o que? Desenvolveu tudo, gastou meses e então vai para a próxima ideia? O MVP é bom por causa disso, esses meses gastos no desenvolvimento de uma ideia completa são diminuídos para se ter apenas a ideia principal rodando. Então cadê a problemática? A problemática está em falar para outros que fazem parte do time que teremos de lançar um produto mínimo viável sem aquele caminhão de funcionalidades que tem no documento de requisitos... os outros membros que não conhecem os benefícios do MVP (e as vezes não fazem parte do time que constrói) podem ser muito contrários a ideia podendo achar até que é uma forma de evitar o trabalho pesado quando não é isso que toca o MVP. Outra coisa abordada no livro muito importante e que eu realmente não sabia é a questão dos gráficos, as métricas. O autor mostra que quando o time quer mostrar que a ideia estava certa eles tendem a ser enganar com números em períodos que não dizem nada. O autor mostra um gráfico convencional sobre o crescimento de sua empresa logo no inicio, o gráfico convencional nada mais é do que, por exemplo, o número de inscritos no sistema até aquele momento, como explicado pelo autor, na verdade esse gráfico convencional na mais é do que um gráfico de ego, pois ele não diz se a empresa está mesmo crescendo sobre a métrica utilizada, na técnica de coorte mencionada pelo autor o gráfico é comparado com períodos (no caso dele foi mensal) para ver se em um determinado período o crescimento foi maior e se no posterior foi maior e assim por diante até atingir a taxa mínima aceitável, que quando se chega a linha de saturação do gráfico. Foi com a técnica de coorte que o autor viu que na verdade as mudanças aplicadas em sua empresa não estavam surgindo efeito e foi então que com o MVP ele e seus sócios descobriram que o que os usuários queriam na verdade era o contrário do que eles tinham imaginado no inicio da empresa... consequência? Pivotaram a forma de oferecer a ideia central para então responder a necessidade que os usuários indiciaram no MVP.
O autor deixa claro também que a startup enxuta é um arcabouço e não um manual do que deve ser feito exatamente, ou seja, os princípios apresentados devem ser adaptados a sua startup, claro que isso não quer dizer que você deve adotar o gráfico convencional ante o gráfico de coorte! O engraçado no final é o autor falando sobre uma suposta bolsa de valores para empresas de longo prazo, ele cita exatamente como seria essa bolsa de valores para poder alavancar as startups. Tem muito conteúdo também sobre a contabilidade de inovação que é uma forma diferente de ver a contabilidade quando em uma startup enxuta, e fala também dos motores de crescimento.
Bom, o livro é muito bom, para mim tirando o livro “O Poder do Hábito” de Charles Duhigg o livro de Eric Ries está fácil no top dois de livros sobre empreendedorismo que já li, pois além da histórias reais que o autor coloca no livro (muitas dele próprio) ele ensina muito mostrando o que é feito de forma errônea e como deve ser feito quando adaptado a sua startup enxuta. Vale muito a leitura e vou de 5 estrelas.
Vlw
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